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Tributação de bens de consumo: como a Reforma Tributária irá impactar sua empresa

A Reforma Tributária é um dos temas mais discutidos no cenário empresarial brasileiro e promete mudar a forma como os impostos são cobrados sobre bens de consumo. A proposta busca simplificar o sistema atual, reduzir a burocracia e tornar o país mais competitivo. Mas, na prática, o que isso significa para as empresas?

O que muda com a Reforma Tributária?

Com a aprovação da reforma, tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS serão gradualmente substituídos por novos impostos:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – de competência federal;
  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – de competência estadual e municipal;
  • Imposto Seletivo (IS) – incidente sobre produtos que afetam a saúde ou o meio ambiente.

A implementação será gradual, começando em 2026, com uma fase de transição e testes, e avançando até 2033, quando o novo sistema estará funcionando por completo. O objetivo é simplificar a cobrança, permitir maior aproveitamento de créditos tributários e oferecer mais transparência às empresas e consumidores.

Impactos diretos para as empresas

A reforma promete benefícios importantes, como a redução da complexidade das obrigações fiscais e o fim da cumulatividade em muitos casos. Estudos indicam que isso pode diminuir em até 30% o tempo gasto com burocracia tributária, além de gerar economia de cerca de 12% nos custos operacionais para alguns setores.

Por outro lado, a adaptação não será simples. As empresas precisarão investir em tecnologia, atualização de sistemas e treinamento de equipes para lidar com a nova forma de apuração. Além disso, haverá decisões estratégicas a tomar, como a escolha entre o regime simplificado (Simples Nacional) ou o regime normal de apuração, que influencia diretamente a possibilidade de aproveitamento dos créditos tributários e a competitividade no mercado B2B.

Desafios e pontos de atenção

  • Adaptação tecnológica: será necessária a integração com a nova plataforma digital unificada, administrada pela Receita Federal e pelo Comitê Gestor do IBS.
  • Gestão financeira: mudanças no fluxo de caixa, precificação e margens de lucro poderão ocorrer.
  • Setores sensíveis: áreas como saúde, educação, transporte público e combustíveis terão tratamentos diferenciados, mas precisarão reavaliar estratégias comerciais.
  • Imposto Seletivo: produtos como bebidas alcoólicas e cigarros podem sofrer maior tributação, afetando a formação de preços.

O que sua empresa pode fazer agora

Embora a mudança completa aconteça ao longo dos próximos anos, o momento é de preparação. Algumas ações recomendadas são:

  • Acompanhar as atualizações da reforma e os detalhes da regulamentação;
  • Investir na modernização dos sistemas de gestão fiscal;
  • Capacitar a equipe para lidar com as novas obrigações;
  • Buscar apoio especializado em contabilidade consultiva para simular cenários e planejar a transição.

A Reforma Tributária traz oportunidades para reduzir burocracia e melhorar o ambiente de negócios, mas também exige atenção e planejamento por parte das empresas. A transição até 2033 será um período crucial para ajustes internos, tomada de decisões estratégicas e busca por maior eficiência fiscal.

Contar com o suporte de um escritório de contabilidade experiente é essencial para atravessar essa fase com segurança e transformar a mudança em uma vantagem competitiva.

Não deixe a mudança te pegar de surpresa. Conte com nosso time para avaliar o impacto da Reforma Tributária no seu negócio e criar um plano de adaptação sem riscos. Fale com um especialista agora.

Reforma Tributária: o que muda para as empresas do Simples Nacional?

A proposta da reforma tributária prevê a manutenção do regime do Simples Nacional, com suas principais características preservadas, como a alíquota reduzida e a guia única de recolhimento (DAS). No entanto, mesmo com a permanência dessas condições, especialistas alertam que as mais de 23 milhões de empresas optantes devem se preparar para mudanças significativas – ainda que indiretas – no ambiente tributário.

Isso porque, com a reformulação do sistema de tributos sobre o consumo, o cenário pode se tornar mais desafiador em termos de obrigações acessórias, concorrência e planejamento fiscal.

Confira os principais pontos que impactam as empresas do Simples:

1. Substituição de tributos e criação do IVA dual

A reforma prevê a substituição de tributos como PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS por dois novos impostos:

  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços)
  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços)

Ambos farão parte do modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA dual), que será implementado gradualmente a partir de 2026.

Embora o Simples continue existindo, as empresas precisarão adaptar seus sistemas contábeis e compreender novas obrigações acessórias, especialmente na relação com clientes e fornecedores de outros regimes tributários.

2. Possibilidade do Simples Nacional Híbrido

Um dos pontos mais comentados é a criação de uma modalidade opcional chamada Simples Nacional Híbrido. Nesse modelo, os tributos IBS e CBS seriam recolhidos separadamente, fora da guia única do DAS.

A vantagem está na possibilidade de gerar créditos tributários para os clientes, algo que não ocorre hoje. No entanto, essa alternativa pode aumentar a carga tributária, principalmente para empresas prestadoras de serviços B2B.

3. Mudanças nos créditos tributários

A lógica da não cumulatividade, base do novo sistema tributário, muda a forma de apuração dos créditos. Empresas que contratam prestadores enquadrados no Simples não poderão mais se creditar com base em alíquotas presumidas.

A nova regra só permite crédito sobre o valor efetivamente recolhido pelo prestador, o que pode reduzir a atratividade do Simples em alguns setores.

4. Implantação do split payment

O modelo de split payment (pagamento dividido) também será uma novidade. Nele, a parte do valor referente ao imposto será automaticamente transferida ao fisco no momento da transação.

Apesar de reduzir o risco de inadimplência tributária, essa sistemática pode afetar o fluxo de caixa, principalmente no varejo e em setores com margens mais apertadas.

5. Aumento da concorrência com outros regimes

Com o novo sistema, empresas fora do Simples poderão oferecer mais créditos aos seus clientes, o que pode gerar uma desvantagem competitiva para os optantes do regime simplificado. Isso exigirá uma análise estratégica das empresas sobre sua estrutura jurídica e posicionamento de preços.

Como se preparar?

Mesmo com a manutenção do regime, as empresas do Simples Nacional precisarão se adaptar à nova realidade. Especialistas recomendam:

  • Revisar processos internos e sistemas contábeis
  • Mapear o perfil dos clientes e fornecedores
  • Avaliar o impacto da geração (ou não) de créditos tributários
  • Analisar a viabilidade do Simples Nacional Híbrido para o seu negócio

A transição para o novo sistema ocorrerá entre 2026 e 2033, o que dá tempo para planejamento. Mas sair na frente será um diferencial competitivo importante. Fique atento às mudanças e conte com nossa orientação contábil para garantir a sustentabilidade e crescimento do seu negócio.